O Choque Tecnológico e o Crescimento da Economia Portuguesa
Organização dos Mercados de Capitais em Portugal e no Mundo
e o Financiamento das Empresas em Bolsa
Nos últimos três meses as exportações aumentaram 8,6 % e as importações 20,7 %, comparando com o período homólogo (Novembro de 2006 a Janeiro de 2007), o que determinou um agravamento do saldo da balança comercial com os Países Terceiros. A taxa de cobertura das importações pelas exportações desceu 6,8 p.p., quando comparada com o período homólogo.
Análise de longo prazo
A estrutura do tecido empresarial português assenta cerca de 90% de PME’s, e nesta temática, a dimensão empresarial é importante para a competitividade externa. As nossas PME’s com a sua dimensão actual, muito dificilmente conseguirão competir num mundo global. Os gestores governamentais e das empresas privadas têm um papel decisivo para a internacionalização dos seus produtos, e por essa via diversificar os seus mercados.
O Governo tem em termos macroeconómicos, várias ferramentas ao seu dispor, para incentivar cada vez mais a internacionalização das nossas empresas. Por exemplo, reduzir a taxa de IRC para 15 % para as empresas que exportam mais de 20 % do seu volume de negócios para países terceiros. Outra medida possível, seria um benefício fiscal, no sentido, de deduzir à colecta de IRC um montante majorado em 30 % do valor investido em tecnologia para permitir a sua internacionalização.
O Estado, como papel regulador e incentivador, pode ainda com acordos bilaterais ou multilaterais, conseguir acordos com outros destinos, nomeadamente países emergentes.
Os mercados só podem ser diversificados, se os produtos forem competitivos, por isso à muito a fazer, nomeadamente, encontrar empresas com a dimensão suficiente para produzir em escala, e também em termos comparativos, produzir aquilo que nos fica mais vantajoso economicamente.
Os gestores privados, antes de se internacionalizarem, têm que conseguir obter estruturas para optimizar os seus produtos, no sentido de produzir em escala, mas como são PME’s, podem fazer consórcios, como sejam os ACE’s (Agrupamentos Complementares de Empresas), para permitir, com a sua dimensão uma entrada mais fácil em mercados muito concorrenciais.
Nos gestores portugueses, também à muito a fazer, quanto à sua competência como gestores sem formação para o serem, e o espírito global, isto é, o mercados não se restringem às fronteiras físicas, o mercado é global, portanto à que preparar, organizar e competir.
O maior problema económico português, não é mudar de rotas comercias, mas sim um problema estruturante, só se poderá resolver num período nunca inferior a um década.
João Soares, a20062750
A20062750
Economia2N1